quarta-feira, 18 de julho de 2012

Série Dr. Martin Fischer - 01: “Os Campos de Concentração no Brasil” – Pedido de ajuda!

Fonte do documento: Museu Antropológico Diretor Pestana - MADP de Ijuí
 Como escreveu o escritor e jornalista Stefen Zweig (http://pt.wikipedia.org/wiki/Stefan_Zweig) ”O Brasil é o país do futuro!”...
Toda uma geração de imigrantes teuto brasileiros acreditaram, neste lema nos anos 30 e inicio dos anos 40. Mas, em 1942, tudo mudou. O Brasil rompeu relações diplomáticas com os países do Eixo - cujos cidadãos passaram a ser considerados inimigos. O governo brasileiro precisava criar então os campos de concentração para se alinhar com as estratégias dos Aliados e dos EUA. Iniciou então  uma das faces tristes que os livros escolares não contam de nossa história. Principalmente imigrantes alemães e japoneses foram levados a estes campos de trabalhos forçados, que não tinham a crueldade dos campos de concentração da Alemanha, mas também deixaram suas marcas. A maioria eram pessoas comuns. Muitos casados com mulheres brasileiras e com filhos nascidos no Brasil. Falar em língua estrangeira ou mesmo cantar “Noite Feliz” em alemão era vistos como uma ameaça. A reclusão nos “campos de concentração” praticamente foi uma pré-condição para o apoio brasileiro aos Aliados. O tratamento dado aos imigrantes foi um dos elementos de negociação no campo da política internacional.

 Foram criados oficialmente 12 Campos de Concentração, mas a história oral conta mais de 30, espalhados por este Brasil:

1. Tomé-Açú (PA) - A 200 km de Belém. Recebeu alemães e japoneses;
2. Chã de Estêvão (PE) - Abrigou empregados alemães da Cia Paulista de Tecidos (hoje conhecida como Casas Pernambucanas);
3. Ilha das Flores (RJ);
4. Pouso Alegre (MG) - O campo de Pouso Alegre reunia presos militares: os 62 marinheiros do navio Anneleise Essberger;.
5. Guaratinguetá e Pindamonhangaba (SP) - Fazendas que pertenciam ao governo e foram adaptadas para receber alemães; 
Um dos alojamentos do antigo campo em Guaratinguetá
 6. Oscar Schneider (SC) - Hospital transformado em colônia penal;
7. Daltro Filho(RS);
8. Presídio de Curitiba(PR);
9. Bauru(SP);
10. Ribeirão Preto(SP);
 11.Trindade(SC);
12. Pirassununga(SP).

Martin Fischer possui em sua coleção (guardada no Museu Antropológico Diretor Pestana – MADP, em Ijuí, RS) uma carta enviada por John Heimmeister (MADP 0.6.4 pasta 05 documento 284) à ele vinda da Colônia Penal Daltro Filho, localizada em Charqueadas, RS, e datada do ano de 1942. 
Fonte da foto: http://fotosantigas.prati.com.br/FotosAntigas/Diversos/Novas201203/Col%C3%B4nia_penal_General_Daltro_Filho_%C3%A0s_margens_do_Rio_Jacu%C3%AD.htm
 A mesma relata que  a cinco meses estava recluso naquela  prisão. Tal pessoa solicita ajuda e roupas de Martin Fischer, tais como: pijamas, meias e outros objetos pessoais. Através deste relato temos uma  testemunha viva da história sobre os campos de Concentração do Brasil (http://segundaguerra.net/no-brasil-tambem-houve-campos-de-concentracao-durante-a-segunda-guerra/). Nos seus escritos nos faz entender muitos fatos/acontecimentos não contados por nossos avôs e bisavôs (e muito menos na imprensa e livros) sobre esta época, ou seja, dos sentimentos e tristezas que endureceram muitos  corações e vidas.
 Tais imigrantes já não pertenciam mais a velha Europa devastada pela guerra, mas de repente eles também eram/foram considerados inimigos  da terra que os acolheu e se tornou seus novos lares...
 No Brasil pouco se ouve falar sobre a resistência ao nazismo feita pelos próprios alemães, aqueles que não apoiavam e não queriam a funesta guerra de Adolf Hitler. Mas ela existiu, e podemos  encontrar a mesma nos textos do jornalista Ernest Feder (http://www.casastefanzweig.org/sec_canto_view.php?id=32 e http://de.wikipedia.org/wiki/Ernst_Feder). O qual após sua incansável luta criou  um dos grandes movimentos de resistência ao nazismo no mundo, reunindo grandes nomes literários e sociais do mundo em 1945.
Enfim, John Heinmeister, através de sua “anônima e singela carta” ao jornalista e pesquisador Martin Fischer, que também era alemão e morava em Ijuí, nos revela uma grande e histórica visão daqueles terríveis anos vividos nos anos 40, não só no Brasil, mas em todo o mundo.  

 Pesquisadora e historiadora Marcia Adriana Krug

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Internacional de Porto Alegre jogou partida amistosa em Santo Ângelo em 1973, no centenário da cidade. O grande destaque é que ele se concentrou para o jogo em Ijuí - uma honra e uma festa para nossa cidade!

Jornal Correio Serrano de Ijuí do dia 22-03-1973
Jornal A Tribuna de Santo Ângelo do dia 03-03-2012 relembrava o grande jogo do centenário da cidade. Através deste registro descobrimos o resultado final do jogo, isto é: 4 a 2 para o colorado de Porto Alegre.

domingo, 15 de julho de 2012

Poloneses integram a diversidade étnica de Ijuí - texto em português e em polonês

Reprodução de artigo sobre a presença da etnia polonesa em Ijuí publicado no jornal dos descendentes poloneses no Brasil "Polska W Brazylli", editado em Sâo Bento do Sul, SC 1a. Quinzena de outubro de 2007, edição n- 13.

sábado, 14 de julho de 2012

Imagens aéreas do edifício Santa Lúcia e uma parcial do centro de Ijuí - I

      Em um vôo panorâmico em março de 2012 foram gravadas estas imagens do Edifício Santa Lúcia em Ijuí. O vídio postado no You Tube pela Construtora Arquienge, no dia 23/03/2012, está disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=Fd721QJpEec

sexta-feira, 13 de julho de 2012

Caixa Rural União Popular de Ijuí

Reportagem/registro publicitário publicado em 1965 no  "Álbum Comemorativo" dos 75 anos de Colonização de Ijuí, publicado  pela Editora Revista Brasileira (que tinha por objetivo mostrar os municípios do Brasil). Infelizmente na edição publicada não consta a sede da Editora, apenas cita o nome de seu editor: H. P. Müller.
 Para conhecer mais sobre a história e importância das Caixas de União Popular veja também os seguintes artigos:

- Cooperativismo de crédito na região noroeste do Rio Grande do Sul nas prímeiras décadas do século XX. Trabalho de Josei Fernandes Pereira.

RESUMO do trabalho de Josei publicado na Revista Semina da Universidade de Passo Fundo - UPF, v.09, n- 1 de 2010:
Analisando a conjuntura histórica e a experiência social e econômica do cooperativismo de crédito, procurou-se apresentar um panorama das condições enfrentadas num espaço e tempo específico: a região de Ijuí-RS, no início do século XX. O cooperativismo de crédito emerge na pós-revolução industrial e, junto com a imigração, foi considerado modelo de reação não-governamental dos camponeses. A região noroeste do RS, habitada primordialmente por indígenas, lusos e caboclos, foi colonizada por imigrantes das colônias velhas a partir de 1890. Buscavam novas terras para exploração agrícola utilizando um modo de divisão familiar do trabalho, orientado para a obtenção da propriedade da terra, mesclado com atividades de subsistência. A mercantilização da produção era inevitável para o sucesso da colônia; dependia da inserção da família na economia regional e a obtenção de recursos financeiros para o lote, que eram escassos na colônia. No RS pré-1930 inexistiam bancos fora dos centros econômicos e nas colônias atuavam comerciantes e correspondentes bancários que sujeitavam os imigrantes à prática da usura. O projeto colonial auto ordenou-se a partir de formas de organização social e econômica, como o cooperativismo de crédito que, capitalizando coletivamente as pequenas economias coloniais, interferiu na vida pública destas comunidades, financiando a produção e a mercantilização necessária para o sucesso da colônia, defendendo os interesses dos colonos associados e até executando obras de infra-estrutura.
(Para ver o artigo completo, em PDF, clique no título).


 INTRODUÇÃO
Em outra oportunidade ocupei-me da socioeconomia solidária, tratando de tema do social-catolicismo enquanto conjunto doutrinário básico de um estatuto social fundado nas relações de cooperação e com forte recorrência à força do fenômeno religioso-criador.1 Na Europa, as idéias do social-catolicismo foram criando corpo, principalmente na segunda metade do século XIX, em virtude dos efeitos inesperados da revolução industrial sobre o tecido social, desencadeando um processo acelerado de concentração de capital, de exploração da força de trabalho e de exclusão social. Numa conjuntura de deslocamentos e de conflitos sociais, emergiram novas propostas de inclusão social, notadamente a que se opôs à apropriação individual da propriedade, dos bens da produção e do trabalho alheio.
No sul do Brasil, os efeitos da revolução industrial podem ser identificados no processo da imigração, pelo deslocamento de contingentes significativos de trabalhadores da Europa. Esse processo adquiriu força e sentido a partir de um triplo movimento histórico: o da pressão sobre o espaço e sobre o excedente da força de trabalho na Europa, o da utopia dos contingentes emigráveis de encontrarem um novo espaço para a construção da sua liberdade, da auto-suficiência e da recriaão da sua identidade e o da política do estado brasileiro de integrar fronteiras e prover a produção nacional de força produtiva. Os imigrantes, mesmo que subsidiados no início pelo Estado, viram-se desamparados de políticas públicas que lhes garantissem a sociabilidade, o fomento à cultura e a logística em torno da produção e do mercado dos produtos coloniais.
A ausência de políticas públicas revela a face de um estado que não via os imigrantes além do seu papel social. Não reconhecia neles o horizonte utópico, no sentido de transpor os próprios limites na direção da construção de uma nova nacionalidade. Não lhes facultou práticas cidadãs e, tampouco, buscou mecanismos de coesão que os libertassem da postura introspectiva de não perder o elo identificador da nação de origem. No vazio institucional e político deste espaço apresentou-se a Igreja da Imigração, católica e evangélico-luterana, identificada com as correntes imigratórias porque oriunda do mesmo ambiente, para servir de elo de coesão social, de fermento cultural e para legitimar as ações dos sujeitos sociais e os espaços públicos em construção.
A dinâmica organizativa resultante da ação integradora e articuladora dos agentes eclesiásticos e das lideranças por eles formadas ou a eles associadas promoveram a uma organização que corroborou e, ao mesmo tempo, transcendeu a consolidação do campo missional. O capital religioso contribuiu com a arregimentação dos ideais dos sujeitos sociais da colonização, no sentido de fazerem convergir interesses em torno de uma integração mínima capaz de arranca-los da precária organização social e criar institutos fomentadores do avanço cultural e da melhoria das condições materiais de vida. Foi este o espírito que arregimentou os valores étnicos para transcender as diferenças confessionais. A fundação da Associação Rio-grandense de Agricultores, em 1899, ocorrida num contexto de emergência de associações com fins de defesa dos interesses econômicos, foi concebida como instituição interconfessional para promover o bem-estar material e espiritual dos colonos, entenda-se de descendência alemã.
A trajetória da Associação Rio-grandense de Agricultores foi marcada por profundas contradições. Os elos de identidade e de cooperação desejados por seus idealizadores encontraram resistência de ordem psico-social, resultante da ruptura da tradição e da representação religiosa, que afastava católicos e protestantes da cooperação e da comunhão de interesses em função das diferenças confessionais que, em última instância se distinguem na consciência, na esperança e, sobretudo, na fé e nas suas mediações para que o homem alcance a sua plenitude. Se a solidariedade étnica, independente do fator religioso, foi uma prática constante no cotidiano das zonas de colonização, o mesmo não se pode dizer da articulação de um poder local em função da materialização de projetos estratégicos, uma vez que a contradição e a divergência de interesses residem nas utopias, ou seja, na representação dos caminhos da realização plena dos homens. Neste caso, os limites da Associação Rio-Grandense de Agricultores esbarraram na necessidade da construção de uma nova identidade para que fosse possível a prática da solidariedade.
A Associação Rio-Grandense de Agricultores não esteve isenta da influência da cultura política. O padrão cultural presente entre os imigrantes alemães, católicos e protestantes, foi fator de inibição da cooperação.
Na origem, os alemães católicos vindos ao Brasil mantinham uma postura reativa diante do Estado, uma vez que sofreram forte retaliação, repressão e exclusão cidadã. Buscaram na tradição étnica e religiosa os elementos para a organização de comunidades cívicas, isto é, com obrigações dos indivíduos para com as comunidades, que visaram construir a sua auto-suficiência e conquistar, pelo reconhecimento da
igualdade étnica, o direito da liberdade religiosa. Os evangélico-luteranos, próximos do Estado liberal e autoritário alemão e liberados pela constituição republicana brasileira, pelo dispositivo da universalização dos direitos de profissão da fé, distinguindo o reino da fé do reino temporal, não tiveram dificuldade de se aproximar do ideário político do Estado.
De uma origem interconfessional comum, a Associação dos Agricultores Rio-grandenses, num contexto de pressão do Estado sobre a sociedade e em função dos padrões culturais prevalecentes e da cultura política dos católicos e dos evangélico-luteranos, foi dividida, dando origem a duas redes de associações que marcaram a trajetória da construção social do sul do Brasil – A Sociedade União Popular dos Alemães Católicos do Rio Grande do Sul e a Liga das Uniões Coloniais. É objeto do presente estudo marcar as diferenças e estabelecer relações comparativas entre as duas organizações, para deslindar os marcos social e político-econômico de cada uma no processo de desenvolvimento regional.
 (Para ver o artigo completo em pdf, clique no título).

quarta-feira, 11 de julho de 2012

Inédito e exclusivo: conteúdo publicado no blog "Ijuí - Memória Virtual" disponibilizado em 4 DVDs - Material histórico, de pesquisa e para as futuras gerações. Adquira já esta coleção digital e histórica sobre Ijuí!


Informativo Kema – do Museu Antropológico Diretor Pestana – MADP de Ijuí - edição de julho de 2012


      KEMA, da língu a Kaingang, quer dizer "experimentando". O Informativo do MADP, concebido em maio de 2008, objetiva divulgar de forma bimestral as atividades desenvolvidas pelo Museu Antropológico de Ijuí, Rio Grande do Sul.
      Interessados poderão fazer download de todas as 26 edições já publicas até o momento. Também mediante cadastro no site do MADP (http://www1.unijui.edu.br/museu/informativos-kema-museu-ijui) poderão receber o mesmo em seu e-mail pessoal.
     - Por sua importância e conteúdo histórico iremos gradativamente publicando no Blog as edições anteriores. 

 Edição n. 26 - julho de 2012:

Principais assuntos da edição:
  • Diversidade e Identidade em Discussão - Projeto Raízes Gaúchas
  • Editorial
  • Projetos de Sustentabilidade
  • Agricultura
  • Agenda Cultural
  • Incentivadores - Evelise Moraes Berlezi 
 
 
 Fonte: Disponível em: http://www1.unijui.edu.br/museu/informativos-kema-museu-ijui

terça-feira, 10 de julho de 2012

Banda Municipal "Carlos Gomes" de Ijuí

"Álbum Comemorativo" dos 75 anos de Colonização de Ijuí, publicado  em 1965 pela Editora Revista Brasileira (que tinha por objetivo mostrar os municípios do Brasil). Infelizmente na edição publicada não consta a sede da Editora, apenas cita o nome de seu editor: H. P. Müller.
Para saber mais sobre a Banda Carlos Gomes de Ijuí veja:

Banda Municipal de Ijuí "Carlos Gomes" - fundada por volta de 1930.

domingo, 8 de julho de 2012

Relatório da Administração Municipal de Ijuí - ano de 1927. Intendente Municipal (Prefeito) o Ten. Cel. Alfredo Steglich - parte II

Continuação da reprodução de parte do Relatório Administrativo da Prefeitura Municipal de Ijuí publicado no ano de 1927 pelo então Intendente Tenente Coronel Alfredo Steglich, eleito em 1925 no lugar do Cel. Antônio Soares de Barros - o Cel. Dico. A primeira parte do Relatório já publicamos no dia 08 de maio de de 2011: 
   Hoje publicaremos a segunda parte, que se constituí de anexos do Relatório das atividades desenvolvidas. Para não tornar "maçante" dividimos o ano de 1927 em seis partes.

Destaques na administração municipal de Ijuí - no ano de 1927:
  • Intrução pública em Ijuí;
  • Serviços de mão de obra e melhoramentos no município;
  • Produção e distribuição de energia elétrica em franco crescimento;
  • Ampliação do serviço de abastecimento de água potável aos moradores da cidade - abertura de poços de artesiano na Praça da República;
  • Cobrança e sonegação de impostos municipais por parte de criadores de gado no município;
  • Crescimento na circulação de automóveis em Ijuí;
  • Resultado das eleições para presidente (Governador) do Estado do Rio Grande do Sul, em 1927, na cidade de Ijuí. Getúlio Vargas tem ampla votação entre os moradores.
 
 
 
 
 
 
 

IMPORTANTE REGISTRAR QUE TODOS os Relatórios Municipais na forma completa estarão disponível - paulatinamente - de forma integral numa página especial de nosso Blog denominada “Relatórios Municipais – Administração Cel. Dico e outros...”. Eles estão  na forma de apresentação em slides para ganharmos espaço. Mas clicando em cima abrirão no “Picasa” e poderão ser facilmente consultados, impressos ou baixados em seu computador. No momento iremos manter os mesmos na seqüência dos anos já publicados, entretanto, mais tarde a partir do momento que iniciarmos a publicação integral dos novos Relatórios a partir de 1912, iremos colocar então os mesmos na ordem cronológica correta.

sábado, 7 de julho de 2012

No ano de 1981 Ijuí destacou-se na pecuária e agricultura

Na retrospectiva do JM do dia 01-05-1973 registrava-se que a cidade de Ijuí havia conquistado no ano de 1981 grande destaque na pecuária e agricultura

sexta-feira, 6 de julho de 2012

Escola Estadual de Ensino Médio Antonio Padilha no Bairro Modelo


              A comunidade escolar do Bairro Modelo através de encontros, pesquisas, conselhos de classe viu a necessidade de implantar o Ensino Médio Diurno e o Técnico no Bairro Modelo com o objetivo de atender a demanda regional e oferecer um ensino de mais qualidade àqueles que não tem condições econômicas de buscar uma especialização em cursos superiores.
    No ano de 1999, surge o Orçamento Participativo, através do quais os cidadãos interessados participam das decisões relativas à distribuição das verbas públicas e aos investimentos do governo estadual, levando suas prioridades orçamentárias para serem votadas em Assembléias Municipais. Neste processo a comunidade viu a possibilidade de alcançar seu desejo.
       A partir daí, iniciaram-se as discussões sobre a forma de participação e levantamentos de prioridades em encontros com cidadãos e representantes dos Bairros Modelo, Novo Leste, Lambari, Assis Brasil, 15 de Novembro, Sol Nascente, Glória e Interior. A comunidade decidiu levar para a Assembléia como prioridade a educação, buscando a construção de uma Escola Técnica no Bairro Modelo. Assim, promoveu uma mobilização para participação na 1ª Assembléia Municipal do Orçamento Participativo em Ijuí.
       Acreditando na proposta do OP, a comunidade escolar do Bairro Modelo foi em massa, buscar a inclusão de seu Projeto no orçamento do Estado para o ano 2000 e viu suas prioridades defendidas e classificadas em 1ª lugar a nível municipal, viabilizando então a concretização de seu sonho: “A construção de uma Escola Estadual de Ensino Médio e Técnico, voltada aos interesses e necessidades das comunidades local e regional que sempre estiveram presentes nas instâncias do desenrolar da organização e execução do Projeto”.
      A comunidade do Bairro Modelo recebeu a autorização de início da obra em 2001, ocasião em que foi lançada a Pedra Fundamental na presença de autoridades locais, direção do Colégio Estadual Modelo e Comunidade do Bairro Modelo. A construtora responsável deu inicio a execução do Projeto, usando parte da verba para a estrutura física e o restante da verba ficara para equipar os laboratórios de Ciências, Informática e a biblioteca.
     Concluído o processo de construção a escola, localizada ao norte do Bairro Modelo, Rua João Sinésio Hauschild, 51, esquina com a Rua Henrique Siedenberg, num terreno de 14 mil m2 de área dos quais 1.326m2 são de área construída, distribuída em 2 pavimentos com 10 salas de aula, sanitários feminino e masculino para alunos em cada pavimento, sanitários para professores, biblioteca, laboratório de ciência, de informática, secretaria, sala de direção, sala de supervisão, sala de orientação e sala de professores, a escola passou a ser usado como extensão do Colégio Estadual Modelo, até que, em 16 de junho de 2005 obteve-se a autorização de funcionamento.  
      Em anexo uma quadra poliesportiva com 317m2, pode-se dizer que este projeto tem a estrutura para a escola. Considerando que a grande maioria da clientela de nossos alunos prove de camadas populares, nos faz pensar sobre a importância desta nova escola, enquanto publica, a considerar que os alunos que por ela passarem, tem um papel a desempenhar e das influencias e qualificações que recebem, dependerá sua efetiva participação nos rumos sociais, culturais, técnicos, políticos e de produção na sociedade. Nesse sentido, buscamos estruturação democrática, humanística, cuja tarefa é de inserir os jovens na atividade social e profissional com uma certa maturidade, capacidade, criação intelectual e prática, certa autonomia na orientação e iniciativa.
     Pensamos numa proposta político / pedagógica para a nova escola que vem ao encontro dos interesses e necessidades local e regional e assessorado pelo Curso de Graduação em Informática da UNIJUI, construímos um Plano Curricular contemplando os anseios e necessidades da comunidade que nela se insere, e acreditando na relevância que as novas tecnologias da informação e da comunicação poderão desempenhar no sistema educacional, buscamos uma melhor definição do modelo de qualificação que queremos e acreditamos, cujo sonho é de transformar a nova escola publica, num futuro não muito distante, em Centro de Modernização Tecnológica, “formando redes de cooperação entre escolas, universidades, empresas de Ijuí e região com a possibilidade de tornar-se referencia para trabalhadores, empresários e profissionais”.
     As pesquisas na comunidade apontaram necessidades de qualificação profissional nas áreas de INFORMÁTICA, TELECOMUNICAÇÕES TURISMO E AGROINDÚSTRIA.

BIOGRAFIA DO PATRONO DA ESCOLA ESTADUAL 
DE ENSINO MÉDIO ANTÔNIO PADILHA

 Antônio Fiad Padilha nasceu no dia 13 de outubro de 1951, em Seberi, RS. Terceiro filho de Ramiro Rodrigues Padilha e Maria de Lourdes Fiad Padilha. O pai dele era capataz do Departamento Autônomo de Estrada e Rodagens – DAER e sua mãe professora estadual.
Foi em Irai que Seu Ramiro e Dona Maria viram seus filhos crescerem livremente e de forma sadia, chegando à pré-adolescência. As crianças, em idade escolar, freqüentavam a Escola Estadual Visconde de Taunay, onde Antônio e os irmãos completaram os primeiros ensinamentos e a admissão ao Ginásio.
Em meados de agosto de 1964, Seu Ramiro foi transferido para coordenar os trabalhos na Capatazia de Ijuí. Antônio foi então estudar na Escola Técnica 25 de Julho – o Industrial. Lá, fez o final do Ginásio e o 2º Grau. Saía todas as manhãs e retornava para casa ao cair da noite, devido à distância de sua casa até a escola.
Quando concluiu o 2º ano, o pai conseguiu que o filho Antônio fizesse uma prova de seleção na disputadíssima Escola Técnica Parobé, em Porto Alegre. O intuito era capacitá-lo ainda mais na atividade de Técnico Eletricista. O objetivo foi alcançado: a vaga na escola foi conquistada, e lá permaneceu por três anos.
Nesta escola, foi indicado para uma vaga de trabalho na Metalúrgica Dill, de Sapiranga, onde assumiu por algum tempo a função de Mestre de Obras. Permaneceu lá até que surgiu uma oportunidade de trabalho em Ijuí.
Volta para casa e junto com um grupo de profissionais técnicos, integrou um projeto resultante de uma parceria entre Município e Estado, denominado Unidade Móvel de Integração ao Trabalho - UMIT. O projeto consistia em um caminhão cabine dupla e carroceria fechada, equipado com laboratórios para o ensino de Técnicas Agrícolas, Domésticas, Comerciais e Industriais, e que visitava as escolas do interior obedecendo a um cronograma pré-estabelecido.
Isso exigia uma constante atualização. Os profissionais que integravam o projeto que faziam todos os meses encontros, visando trocar informações e experiências, ao passo que mesmo nas férias freqüentavam a Universidade de Passo Fundo. Antônio decide, então, seguir a faculdade de Técnicas Industriais.
Em 13 de outubro de 1979, casou-se com Rose Marie Hoffmann. O casal fixou residência no bairro Modelo. Da união de Antônio e Rose nasceram os filhos Marcos Ramiro e Bianca Thaís.
Com a quase extinção do Ensino Técnico, a UMIT foi extinta (após poucos anos de funcionamento) e teve seu material transferido para a Escola Estadual Guilherme Clemente Koehler, o Polivalente. Nesta, o professor Antônio trabalhou até o início da década de 80, quando foi transferido para o Colégio Estadual Modelo, que iniciava suas atividades paralelamente à construção do bairro de mesmo nome.
No Colégio Estadual Modelo, trabalhou como professor de Técnicas Industriais, participando também de várias equipes diretivas. Nestas, atuou sempre como vice-diretor, função que desempenhou de forma competente e dedicada.
Antônio Padilha era respeitado e amado por todos, pois tinha sempre uma palavra de carinho e de auto estima para professores, funcionários, alunos e pais. Era considerado pai da escola, e nele os pais depositavam plena confiança, pois para o Professor Padilha a escola encontrava alicerce no respeito à família, professores e funcionários, no ensino de valores tradicionais à juventude, e também no respeito e exemplo dos mais velhos para a nova geração.
Foi amado por todos que o conheceram, ao passo em que amou muito a tarefa a que se propôs a participar. Teve na (até então) Escola Estadual de Ensino Médio em Ijuí, seu grande e definitivo projeto. Antônio Padilha faleceu em 10 de outubro de 2004, aos cinqüenta e quatro anos de idade.
Hoje estamos comemorando a aprovação da escola, bem como a sua denominação, a qual passou a ser ESCOLA ESTADUAL DE ENSINO MÉDIO ANTÔNIO PADILHA, conforme publicação no Diário Oficial do Estado do RS, de 08/03/2006, sob Portaria nº 42/2006. É uma justa homenagem a este homem que, mesmo ante aos impasses e dificuldades, reuniu forças e uniu-se a outras pessoas para lutar em prol da comunidade do Bairro Modelo, para que este tivesse uma Escola de Ensino Médio Diurno.
Que sirva de exemplo a todos a garra e a dedicação de ANTÔNIO PADILHA, na incessante busca de nossos objetivos e ideais.

Portaria que denomina o nome da Escola Estadual 
de Ensino Médio Antonio Padilha:
Fonte do texto e fotos: Blog da Escola Estadual de Ensino Médio Antonio Padilha. Disponível em: http://www.eeemap.blogspot.com.br/

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Colecionador de Jornais natural de Ijuí - há mais de 35 anos!

 
 

Novos tempos... Internet.... Nova motivação....!

As notícias publicadas acima são dos anos 80. Destacam um dos meus “hobby”, ou seja, de “colecionar jornais”, entre outras coisas (selos, moedas, pedras, etc.). Hábito que cultivo desde a minha mocidade. Minha coleção não é necessariamente de jornais antigos (apesar de ter centenas de jornais do século passado, e edições número “um”). Mas o foco principal é ter um exemplar de cada publicação tanto do Brasil como do Exterior.
- No passado já fiz duas exposições em Ijuí, RS. Atualmente penso em fazer novamente, mas não sei quando e nem aonde.
- É algo diferente, inédito, de grande volume e que ocupa grande espaço.  Tanto em minha casa, na cidade de Blumenau, SC, como no deslocamento ou organização de uma exposição.
- Na verdade, numa época (conforme notícia acima) cheguei  a pensar em me desfazer dela, doá-la para alguma Instituição. No caso a Universidade de Rio Grande, RS, chegou a mostrar interesse... Mas, o processo não evoluiu... Ainda bem...! Ufa! Hoje talvez estaria arrependido...
- Durante muitos anos – mais de 30 anos – o ato de colecionar ficou bastante “congelado”, parado... Esfriou... Muitas coisas e mudanças aconteceram em minha vida pessoal... Saí da cidade de Ijuí e vim morar em Santa Catarina...
- Neste tempo (décadas) o mundo mudou e muito. .. Antigamente a comunicação era mais difícil, e não existia a internet... Era preciso escrever uma carta a mão ou datilografar... para alguém, um jornal, um jornalista... solicitando exemplares...
Hoje está tudo mais fácil... E, diante desta facilidade e modernidade, pretendo voltar a me dedicar para a coleção... ampliá-la e ter exemplares de todos países do mundo (hoje já tenho cerca de 100 países)... Preciso catalogar a mesma e até criar um blog específico na internet...
Me falta tempo para esse hobby... mas minha disposição é grande para tal empreendimento.... Vamos acreditar!...
- Quem puder me ajudar com algum jornal antigo, de sua cidade, pode entrar em contato.... Atualmente estou procurando e precisando exemplares antigo dos jornais publicados em Ijuí, em especial do jornal Correio Serrano de Ijuí e do Jornal da Manhã, A Cidade , Impacial, Sentinela da Região...

Abraços!

Luis Carlos Ávila - o "Bagé"
(0xx47) 9628-2443
bage.blumenau@gmail.com